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Foto do escritorDanielle Portela

Coroa-de-cristo: a planta arbusto que é um sucesso pelos jardins do Brasil

Atualizado: 15 de dez. de 2023

Não é novidade que essas plantas ornamentais deixam o ambiente mais alegre e colorido. Hoje vamos conhecer as peculiaridades da coroa-de-cristo (Euphorbia milii), sua utilização e cultivo.



Adaptado por Danielle Portela - As plantas ornamentais se distinguem pelo florescimento, pela forma ou colorido das folhas e pela forma e aspecto geral da planta (arquitetura). Preenchem os espaços livres e se adaptam a recipientes de enfeite, estabelecendo no mundo moderno o contato mínimo possível do homem com a natureza em locais onde esta é distante.



Não é novidade que as plantas ornamentais deixam o ambiente mais alegre e colorido. Hoje vamos conhecer as peculiaridades da coroa-de-Cristo (Euphorbia milii), sua utilização e cultivo.

 

Também conhecida como colchão-de-noiva, dois-irmãos e bem-casado. É um subarbusto suculento, de hastes grossas cobertas de espinhos agressivos. Originário de Madagascar, de 50 até 180 centímetros de altura, de folhagem e florescimento ornamentais. Planta adequada para cultivo em jardins a pleno sol, como bordaduras ou renques ao longo de divisórias com função de cerca viva promovendo barreira física, mantido podado ou não. Também para formação de conjuntos maciços em amplos gramados, em canteiros desenhados com solo bem drenado. Não tolera geadas, sendo indicada para os subtrópicos. Multiplica-se facilmente por estacas, preparadas de preferência durante o inverno, podendo ser estaqueadas diretamente no próprio local.



Utilização da coroa-de-cristo

 

Uma extensa literatura científica relata o potencial efeito moluscicida do látex de diversas espécies do gênero Euphorbia. Existe a possibilidade do controle de vetores da esquistossomose com o emprego destas plantas, que representariam uma solução de baixo custo e ecologicamente correta para o problema. Entretanto, as propriedades tóxicas deste látex diminuem a viabilidade do uso do mesmo sem maiores estudos.

 

Seu uso como cercas vivas é amplamente difundido. Esta planta, além de oferecer proteção, floresce durante o ano todo, apresentando valor paisagístico interessante. Apesar de apresentar espinhos abundantes sua folhagem verde pode ser podada para adquirir o formato desejado. Suas flores arredondadas podem ser rosas, vermelhas, brancas ou amarelas. A coroa-de-cristo presta-se como cerca-viva, isolada ou junto ao muro, tornando-se bastante respeitável, inclusive por animais domésticos. Neste sentido, ainda podemos aproveitá-la como bordadura.



Seu cultivo

 

Estas plantas devem ser cultivadas a pleno sol, de preferência em solos férteis e com regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água. O seu manuseio deve ser sempre realizado com luvas grossas e com bastante cuidado, devido tanto a presença dos numerosos espinhos, como por apresentar um látex tóxico, que pode provocar irritação nas mucosas dos olhos, na boca e na pele. Multiplica-se facilmente no inverno por estacas.



Cuidado, planta tóxica!

 

A coroa-de-cristo é uma rica em um látex leitoso que é exsudado quando a planta sofre algum tipo de trauma, tal como um corte. Nesse látex, são encontradas várias substâncias cáusticas e tóxicas. Os principais componentes tóxicos do látex são os ésteres de forbol que causam queimação, irritação e inflamação quando em contato com a pele. O contato do látex com olhos pode levar à cegueira se não tratado adequadamente. O látex dessa planta contém um fluido branco-leitoso, de baixa densidade, que apresenta várias enzimas e alcaloides. Esse líquido pode provocar irritação em contato com a pele e intoxicação se colocado em contato com mucosas ou ingerido. Se os olhos forem atingidos, esse látex pode provocar perfuração da córnea e, consequentemente, cegueira. Nos casos de ingestão da planta, é necessária a realização de uma lavagem gástrica, com posterior administração de carvão ativado, laxantes e de analgésicos.


Não é a toa que essa planta é tão importante na ornamentação residencial e, além de toda a sua potencialidade ornamental, possui ainda valor econômico e pode ser uma boa opção no mercado informal floriculturista.


É fundamental que mais estudos desse vegetal sejam realizados, identificando suas características bioquímicas, que podem ir desde funções medicinais até fitorremediadoras.


Créditos: publicado originalmente em:

 

Referência:

LORENZI, H. Plantas para jardim no Brasil: herbáceas, arbustivas e trepadeiras. 2. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2015.

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